Precisamos cada vez mais de livros que abordem assuntos sérios de maneira lúdica e simples, para podermos explicar para nossos pequenos filhos sobre alguns assuntos sérios e delicados, da forma mais assertiva possível.
A vovó virou bebê é esse tipo de livro.
Uma história entrelaçada de fatos reais, que acontecem na vida de tantas famílias que precisam lidar e conviver com a doença do idoso com Alzheimer. Junto a isso tentar responder as perguntas curiosas dos netos que notam que “tem alguma coisa diferente com a vovó”.
O livro é recomendado para crianças de 5 a 8 anos, e conta a história de Sofia e de sua vó Dorinha . Sem dúvida uma ótima ferramenta que pode ser bastante útil para familiares e profissionais lidarem com este tema com as crianças.
Confiram a sinopse do livro :
“Sofia é uma menina de sete anos. Ela mora com os pais em uma vila e é praticamente vizinha de sua avó Dorinha, com quem gosta de passar bastante tempo. Mas um dia a vovó Dorinha começa a agir de maneira muito esquisita. Ela abotoa a blusa errado, esquece das coisas que estava fazendo e chega a precisar de uma babá. A vovó Dorinha tem Alzheimer, uma doença de causa e cura desconhecidas.”
Com a consultoria do presidente da Associação Brasileira de Alzheimer, dr. Norton Sayeg, a autora Renata Paiva procura trazer à luz fatos sobre a doença numa abordagem delicada e nos ensina que a melhor maneira de lidar com o Alzheimer é aprender a conviver com a doença.
Em entrevista à ‘revista Crescer/Globo’, a autora Renata Paiva falou “Temas que envolvem a velhice fazem cada vez mais parte do universo da criança. Avós e bisavós, hoje, vivem mais do que no passado. As famílias têm tido seus filhos mais tarde e, portanto, nesses casos específicos, os avôs e as avós também são mais velhos. Tudo isso tem um lado muito bom, que é o prolongamento da convivência entre avós e netos, e um lado mais complicado para a criança, que é o fato de às vezes, muito cedo, ela ter de assimilar questões nada fáceis, como a morte ou a doença grave de alguém muito próximo.”
As lindas ilustrações são da artista plástica Ionit Ziberman , que dão vida a passagens da história, como: “A cabeça da pessoa fica uma bagunça… Primeiro ela não consegue saber onde guardou as lembranças. Depois, as memórias vão fugindo das gavetas e fica complicado recuperar o que se perdeu”.
Seja para conversar sobre os mistérios que envolvem a vida ou a morte, os livros infantis podem ser uma boa forma de começar uma conversa sobre assuntos importantes e complexos com as crianças. Com o Alzheimer, não seria diferente.
Para quem se interessou pelo livro, clica aqui:
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