Você já parou para pensar em como a paternidade mudou ao longo do tempo? A “Evolução da Paternidade” reflete não apenas as mudanças sociais e econômicas, mas também a crescente compreensão de que os pais desempenham um papel essencial no desenvolvimento de seus filhos.

Como os papéis dos pais eram vistos no passado e como são percebidos hoje em dia? O que significa ser pai nos dias de hoje?

Nesta matéria, vamos explorar essa evolução, desde uma figura de autoridade até um parceiro igualitário na criação dos filhos. Convido você a embarcar nessa jornada e descobrir como a visão da paternidade tem se transformado ao longo das décadas.

evolução da paternidade

Paternidade Patriarcal

Na chamada “Paternidade Patriarcal”, que abrangeu os séculos XVII e XVIII, o pai era reconhecido como o chefe da família, detentor de autoridade sobre todos os assuntos domésticos e familiares.

Era responsabilidade do pai garantir o suprimento das necessidades físicas de todos os membros da família, preparando-os para o mundo do trabalho.

Além disso, ele tinha o dever de guiar o desenvolvimento moral e espiritual das crianças, assumindo a responsabilidade por qualquer medida disciplinar que fosse considerada necessária. Era também o pai quem tomava a decisão sobre os casamentos de seus filhos.

Ou seja, sua principal função era prover financeiramente e orientar moralmente seus filhos. No entanto, as mudanças sociais e econômicas que ocorreram no século XVIII começaram a desafiar esse modelo tradicional.

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Paternidade Moderna

Com a industrialização no século XIX, a “Paternidade Moderna” emergiu como uma resposta às novas dinâmicas familiares.

Nesse período que se estende até o início do século XX, os pais passaram a ser vistos como provedores econômicos especializados, frequentemente deixando o lar para trabalhar em ambientes urbanos. Isso levou a uma divisão de papéis, com as mães assumindo a administração da casa e a educação das crianças.

No entanto, essa divisão de papéis não foi uniforme. Alguns pais mantiveram um envolvimento ativo com suas famílias, demonstrando afeto, brincando e participando ativamente da vida de seus filhos.

Enquanto isso, outros se tornaram “pais afetivamente ausentes”, devido à sua ausência física por causa do trabalho. Essa dualidade na paternidade continuou até as décadas de 1930 e 1940, quando eventos como a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial reconfiguraram as famílias e a força de trabalho.

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O Surgimento da Paternidade Andrógena

Com a industrialização e a urbanização, o século XIX viu a ascensão da “Paternidade Moderna”. Os homens foram desafiados a equilibrar sua ausência física de casa devido ao trabalho com um envolvimento emocional mais profundo com suas famílias.

Esse período, que se estendeu até a década de 1970, testemunhou uma mudança no relacionamento entre pais e filhos, com alguns pais se tornando mais participativos, expressando afeição e interagindo com suas crianças, enquanto outros continuaram distantes, delegando os cuidados aos filhos às mães.

Essa dualidade persistiu até os anos 1970, quando uma nova forma de paternidade emergiu, denominada “Paternidade Andrógena”. Nessa abordagem mais contemporânea, os pais não são mais definidos apenas como provedores financeiros, mas como parceiros ativos na criação dos filhos, compartilhando responsabilidades com as mães em igualdade de condições.

Evolução da paternidade: A Paternidade Ativa

Ainda bem que tivemos uma evolução da paternidade ao longo dos tempos.

Hoje, compreendemos que a paternidade ativa desempenha um papel essencial na evolução psicológica das crianças, desde antes do seu nascimento. Como argumentado por Parke (1986), os pais têm um impacto não apenas nos vínculos emocionais com seus filhos, mas também no desenvolvimento social, cognitivo e linguístico.

A participação dos pais não apenas molda a interação pai-bebê imediatamente, mas também tem implicações a longo prazo no desenvolvimento da criança.

É crucial reconhecer que a visão da paternidade evoluiu de uma figura de autoridade para um parceiro igualitário na criação dos filhos. A família agora é vista como um sistema dinâmico, no qual as influências fluem em todas as direções.

Portanto, investir na qualidade do relacionamento entre pais e filhos é fundamental para promover o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças, independentemente das mudanças contextuais e das demandas do mundo moderno.






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