Embora a amamentação seja frequentemente elogiada por seus benefícios para os bebês, estudos científicos recentes estão revelando que as mães também colhem recompensas significativas ao escolherem o aleitamento materno.
Além de estabelecer um vínculo emocional especial com seus filhos e fornecer uma nutrição incomparável, a amamentação desempenha um papel notável na prevenção do câncer de mama.
Reduzindo o Risco
Este tipo de câncer é uma preocupação de saúde significativa em todo o mundo, e a cada ano, milhares de mulheres são diagnosticadas com essa doença. No entanto, há uma mensagem clara emergindo da comunidade médica: a amamentação está associada a uma redução do risco de câncer de mama.
Cada ano de amamentação completa diminui esse risco em 3 a 4%. Isso é particularmente animador quando consideramos que o câncer de mama é o segundo tipo mais comum de câncer no mundo e o mais frequente entre as mulheres.
Uma Mudança Positiva no Corpo
A chave para essa proteção está na maneira como a amamentação afeta o corpo das mães. Durante o processo de amamentação prolongada, ocorre uma transformação no tecido mamário, substituindo parte do tecido glandular por gordura.
Essa é uma das razões pelas quais as mães que amamentam por longos períodos têm menos chances de desenvolver câncer de mama.
Mesmo as poucas mulheres que desenvolvem câncer de mama após anos de amamentação tendem a ter uma forma menos agressiva da doença, o que geralmente resulta em um prognóstico melhor.
Proteção Desde a Infância
Os benefícios da amamentação para a prevenção não se limitam apenas às mães. Pesquisas mostram que bebês que foram amamentados adequadamente durante a infância também podem estar menos propensos a desenvolver câncer de mama quando adultos.
Essa descoberta destaca ainda mais a importância de apoiar a amamentação como uma prática de saúde pública.
Conscientização e Prevenção
À medida que a conscientização sobre a conexão entre amamentação e câncer de mama cresce, governos e organizações de saúde em todo o mundo estão lançando campanhas educacionais.
No Brasil, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) têm desempenhado papéis ativos na divulgação dessa mensagem vital. Eles enfatizam que, embora a amamentação seja natural e essencial para os bebês, ela também desempenha um papel fundamental na saúde das mães, ajudando a prevenir o câncer de mama.
Prevenção Durante a Gravidez
A prevenção do câncer de mama durante a gravidez é uma área de foco especial. O câncer de mama associado à gravidez é aquele diagnosticado durante a gestação ou até um ano após o parto.
No entanto, estudos recentes da SBM revelaram que 55% das mulheres não realizam o exame das mamas durante a gravidez, destacando a necessidade de uma maior conscientização e educação sobre a importância desse exame.
A SBM enfatiza que o diagnóstico precoce é fundamental para determinar o tratamento mais adequado.
Um Estilo de Vida Saudável
Além de amamentar e realizar exames médicos regulares, a prevenção do câncer de mama envolve a adoção de um estilo de vida saudável. Isso inclui manter uma dieta equilibrada, praticar atividade física, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Essas medidas ajudam a reduzir ainda mais o risco deste tipo de câncer, complementando os benefícios da amamentação.
Amamentar ajuda mães e bebês
O aleitamento materno não apenas nutre os bebês, mas também protege as mães contra o câncer de mama.
Conscientizar as gestantes e as mães de recém-nascidos sobre essa relação crucial é essencial. Além disso, é fundamental que as mulheres recebam cuidados médicos adequados durante o pré-natal para garantir a detecção precoce de qualquer problema.
Combinando amamentação, exames regulares e um estilo de vida saudável, é possível dar passos significativos na prevenção do câncer de mama, promovendo a saúde tanto das mães quanto dos bebês.
Fonte adaptada : Pastoral da Criança